Entrevista com Dianne Van Giersbergen, da banda Ex Libris.
Dianne Van Giersbergen é a voz que da vida a banda Holandesa Ex Libris. Muito conhecida como vocalista da banda alemã de metal sinfônico Xandria, onde percorreu vários países do mundo em sua turnê. Atualmente, está divulgando seu último trabalho com a Ex Libris – a trilogia Ann.
Tivemos o privilégio de conversar com Dianne sobre os detalhes desse trabalho e seu processo criativo.
Você pode conferir abaixo a entrevista exclusiva. Não deixe de conferir esse magnífico álbum em todas as plataformas.
Playfonic: ANN possui uma arte de capa conceitual e clássica. Cada EP traz o rosto de sua protagonista. Nos chama bastante atenção essa identidade visual e o fato de cada rosto possuir semelhanças com o seu(com excessão da Anne Frank). É proposital?
Dianne: Sim! Quando começamos com nossa primeira arte de capa de álbum (que era para o capítulo 1), queríamos que meu rosto se misturasse com o rosto da mulher na história (para o capítulo 1 que começa com ‘Anne Boleyn’). Mas, como não temos 100% de certeza de que o retrato que agora pensamos ser Anne Boleyn é realmente ela, decidimos que o equilíbrio poderia mudar mais para o meu rosto. A capa do “Capítulo 2: Anastasia Romanova” é muito mais uma mistura equilibrada entre ela e meu rosto. A capa do “Capítulo 3: Anne Frank” é muito mais cara de Anne Franks, isso é por respeito, porque essa história ainda é muito mais recente.
Playfonic: Quem é responsável pelas artes desta trilogia? Conte-nos sobre esse processo criativo?
Dianne: A arte de capa do álbum é criada por Jelle Steenhuisen. Para poder pintar uma imagem digital dos dois rostos misturados, ele me pedia para posar para o retrato, incluindo o cabelo adequado e o estilo de maquiagem, além de roupas e o ângulo correto da luz.
Playfonic: Por que Anne Boleyn, Anastasia Romanova e Anne Frank? O que essas três personalidades históricas representam para você?
Dianne: Os personagens foram escolhidos durante um brainstorm com a banda. Depois do nosso álbum “Medea”, novamente queríamos retratar uma personagem feminina forte, mas a idéia de fazer uma trilogia também nos chamou atenção. Assim, procuramos um fator de combinação (que acabou sendo o nome que todos os nossos personagens compartilham: “ANN”) e três mulheres cujas histórias são interessantes para contar e aprender.
Playfonic: Quem assina as letras das músicas? Qual delas teve a produção mais complexa e demorada e qual foi a que melhor fluiu? Imergir nas histórias te trouxe quais aprendizados?
Dianne: As letras são todas escritas por mim (Dianne). Eu me preparo pesquisando bastante as histórias dos personagens, mas também sobre o histórico: o modo de vida deles no tempo que a história se define, os costumes que eles tinham, o modo como a língua era falada, todo esse tipo de coisa. Ajuda a ilustrar uma imagem vívida do personagem antes que eu comece a ‘deixá-la falar’, dando suas palavras.
Playfonic: Você, além de vocalista de Ex Libris, já liderou a banda Xandria. Porém, apesar de ser uma das bandas mais queridas e conceituadas do gênero, entre os fãs existe a fama deles não saberem preservar as grandes vocalistas que já passaram por lá. Nos conte como tem sido sua trajetória desde então e o que aprendeu com essa experiência.
Dianne: Aprendi como pode ser prejudicial um relacionamento tóxico. É uma experiência com a qual muitas pessoas podem se enxergar. Tenho certeza de que isso não acontece apenas no mundo da música, mas também em outras ocupações e no dia-a-dia. A coisa mais importante, mas também a mais difícil, é perceber isso e tomar medidas quando nenhuma solução puder ser encontrada. Era isso que eu tinha que fazer e, depois de dois anos, ainda sinto que foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado: sou uma cantora e uma pessoa mais feliz, tenho muito mais liberdade artística, não estou ligada a terceiros e recebo para tomar minhas próprias decisões.
Playfonic: Governos extremistas têm ganhado espaço no mundo todo. Anne frank sofreu em um movimento nazista e, nos EUA, surge um movimento de supremacistas brancos. Há também pessoas xenofóbicas, racistas, machistas e desrespeitosas com as diferenças. Como a música pode educar e ajudar a espalhar mensagem do bem e impedir que essas coisas se repitam?
Dianne: A política mundial é uma questão difícil e sei muito pouco para formar uma opinião, mas acredito firmemente que podemos aprender com nossa história e que na história reside a resposta para não repetirmos nossos erros. 😊
Playfonic: Em cada faixa você faz uma interpretação única que emociona o ouvinte. As letras das músicas e sua sonoridade nos remetem a grandes musicais do teatro(como os da Broadway). Você já pensou em transformar essa trilogia em peças teatrais?
Dianne: Bem, é claro que você já pode ver a trilogia como uma ‘ópera de uma única mulher’ (o que significa que apenas estrela 1 vocalista, monólogo), é assim que as histórias de “ANN” são criadas e da maneira que “Medea” foi escrita como bem.
Tudo tem a ver com a minha educação como cantora clássica e estudos de ópera. Eu acho que esses estudos são a base para escrever as músicas e letras como fazemos.
Playfonic: Como podemos adquirir o material físico, que é digno de colecionadores, morando na América latina e outros países?
Dianne: Ah, isso é muito simples! Nossa loja virtual é enviada para todo o mundo, então tudo o que você precisa fazer é navegar para: https://exlibrismusic.com/shop/ , selecione seus produtos, passe pelo processo de compra e receba não apenas o produto, mas também nossa gratidão por seu apoio!
Playfonic: Ex libris sempre produz músicas inspiradas em elementos encontradas em livros de contos, como a mitologia grega, por exemplo. Existe diferença entre escrever música com temas fictícios e músicas com cunho histórico? Qual?
Dianne: Não, é claro que as letras foram escritas e feitas de uma maneira que se encaixam na minha voz e na música. Mas todos os eventos são não-ficcionais e diretamente retirados da história.
Playfonic: Até aqui, falamos da trilogia em geral, sem focar em música por música ou em canções específicas. Pois, nos sentimos incapazes de escolher as melhores ou mais importantes, todas são incríveis e falar sobre todas levaria ainda mais tempo. Seria um prazer, mas sabemos que você não dispõe desse tempo. Portanto, por favor, nos conte algo que gostaria de dizer sobre esse trabalho que não perguntamos?
Dianne: Bem, pode ser legal saber que escondemos muitos segredos na música e nas letras! “ANN” é o nosso terceiro álbum e o dígito ‘3’ desempenhou um grande papel na busca de ritmos, estruturas, sons e assim por diante.
O mais óbvio pode ser digitar o título do álbum com 3 letras em vez de 4, então “ANN” em vez de “ANNE”. Mas há muito mais easter eggs! Ouça atentamente e veja se consegue encontrá-los.
Playfonic: Gostaríamos de agradecer imensamente sua gentileza e atenção. A Playfonic sempre estará de portas abertas para você. Por favor, deixe uma mensagem para seus fãs brasileiros e latinos?
Dianne: Muito obrigada por ler esta entrevista e apoiar Ex Libris e eu, isso realmente significa muito! Sem o apoio de nossos queridos fãs, não estaríamos onde estamos hoje, sinto-me abençoada por ter você em minha vida. Obrigado!!!
Obrigado por lerem a entrevista. Nos digam nos comentários o que acharam dela, e se já ouviram este álbum? Grande Abraço!
2 thoughts on “Dianne Van Giersbergen revela detalhes do novo álbum de Ex Libris e de sua carreira.”
Wow, Que hermosa entrevista le han hecho a Dianne, Amo su voz y sin duda es todo un amor. Gracias por esta entrevista Playfonic. Tienen muy buenos Post. Estrevisten a Laura Macrí es una grna cantante de Opera italiana y voz de la banda Mayan. Gracias
Dianne: Sim! Quando começamos com nossa primeira arte de capa de álbum (que era para o capítulo 1), queríamos que meu rosto se misturasse com o rosto da mulher na história (para o capítulo 1 que começa com ‘Anne Boleyn’). Mas, como não temos 100% de certeza de que o retrato que agora pensamos ser Anne Boleyn é realmente ela, decidimos que o equilíbrio poderia mudar mais para o meu rosto. A capa do “Capítulo 2: Anastasia Romanova” é muito mais uma mistura equilibrada entre ela e meu rosto. A capa do “Capítulo 3: Anne Frank” é muito mais cara de Anne Franks, isso é por respeito, porque essa história ainda é muito mais recente.
Wow, Que hermosa entrevista le han hecho a Dianne, Amo su voz y sin duda es todo un amor. Gracias por esta entrevista Playfonic. Tienen muy buenos Post. Estrevisten a Laura Macrí es una grna cantante de Opera italiana y voz de la banda Mayan. Gracias
Para mim a Dianne e a melhor vocalista de metal simphonico! E ela também é muito linda 😍 e da atenção aos fãs nas suas rede sociais!