Review: Illumishade – Eclyptic: Wake of Shadows

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A cantora Fabienne Erni, líder da banda de folk metal Eluveitie, nos apresenta seu novo projeto: Illumishade com o álbum debut Eclyptic: Wake of Shadows.

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Luz e sombra no universo de Illumishade

A cantora Fabienne Erni, líder da banda de folk metal Eluveitie, nos apresenta seu novo projeto: Illumishade com o álbum debut Eclyptic: Wake of Shadows.

Quem já a conhece pela voz de Eluveitie, agora tem uma oportunidade de conhecer um outro lado da cantora, onde ela nos mostra sua potência e talento vocal fora dos limites do gênero do folk metal, demonstrando sua criatividade, versatilidade vocal e inteligência como compositora.

Ela reuniu excelentes músicos nessa jornada, o que trouxeram uma forte equipe, apresentando um som maduro, bem polido e muito bem produzido tecnicamente. Podemos perceber isso nas canções em geral e, principalmente, nas músicas instrumentais.

 

illumishade-album
ILLUMISHADE – ECLYPTIC: Wake of Shadows (album cover)

Contrastes

Luzes e sombras. Contrastes. Uma história contada através da música. A mistura do som pesado, forte e distorções do heavy metal à sons leves, emocionantes e sensíveis criam um ambiente profundo e harmônico no mundo de illumishade. Ao ouvir o álbum faixa a faixa você terá a sensação que está em um conto contínuo, adentrando uma história e conhecendo seus personagens, suas virtudes, forças e fraquezas.

Com cada músico trazendo diversas referências musicais, o álbum não se prende a um determinado rótulo, mas podemos classificar como um bom álbum de metal, no qual há canções mais grandiosas com corais, outras mais pesadas e também lindas e sensíveis baladas.

Um mundo de imaginação, magia e aventura. Espere isso e muito mais ao ouvir Eclyptic.

 

Aprender, Ensinar, Valorizar, Unir

Na faixa de abertura temos “Passage through the clouds”, uma abertura orquestrada com um coro que cita uma estrofe nos convidando para a história:
“LEARN WHAT IS BEFORE YOU
TEACH WHAT WAS GIFTED TO YOU
VALUE WHAT HAS BEEN EARNED
UNITE ALL NEW HORIZONS”

E então o álbum continua com “The Calling Winds”, e então a “Tales of Time feat. Chrigel Glanzmann), aqui onde o som se torna mais encorpado, denso e pesado com o dueto de Chringel com o excelente vocal mais agressivo e gutural se contrastando com o vocal suave de Fabienne. Essa canção se destaca logo no início da aventura.

E então temos o que me permito a chamar de interlude ou mudanças, com músicas mais lentas e instrumentais, antes da próxima canção com letra. A instrumental “The Farewell Arcades” nos remete ao som do oceano, pássaros e violinos tocando, ao mesmo tempo que nos leva a uma atmosfera mais intensa com o som da guitarra e bateria mais pesados.

Na sequência temos “Crystal Silence”. Aqui temos distorções, agudos, percebe-se muito bem o som do baixo. Um bom refrão para cantar junto. E destaque para a bateria desta música.

ILLUMISHADE – Crystal Silence (single cover)

 

A balada mais linda

A canção que particularmente considero a mais linda balada do disco, depois da música rise, aqui temos a canção “What have I become”. Fabienne canta de forma limpa, suave e sensível. É uma música emotiva e cativante, nos dando uma calma e pausa na aventura, paramos e refletimos. Os instrumentos têm um papel importante, com um bom desempenho da bateria e lindos arranjos do violino e do coral, trazendo uma atmosfera grandiosa e emotiva, terminando com um belo e bem executado solo de guitarra.

Nos preparando assim para a próxima canção “Rise”. Que se inicia com o violino e a voz delicada de Fabienne. Começando com um tom baixo a música vai aumentando até chegar no refrão “Try and hurt me…” elevando o tom. Toda a magia pode ser sentida aqui, com um apelo emocional com uma mensagem de superação e vitória.

ILLUMISHADE – Rise (single cover)

Into the Maelstrom nos leva a um passeio no som instrumental do violino e piano, uma bela orquestração, nos levando à próxima música “Muse of Unknown forces”. Iniciando com peso e distorção de guitarras, com um vocal que varia do agressivo até o mais suave, se destacando no álbum.

Em “Golden Lands” temos o piano como protagonista e a voz suave, doce e afinada de Fabienne, alcançando altas notas. Uma bela e calma balada, tendo contrastes com a solos leves de guitarra.

A instrumental “Beyond the Oobsidian Level” nos leva a uma atmosfera diferente e mais pesada, preparando o ouvinte para a algo mais imersivo e pesado.

 

World’s End

“World’s End” foi o primeiro single lançado e mostra todo o poder de Illumishade. Possui fases de peso, podendo ser considerada a música mais “heavy metal” do álbum. Refrão repetitivo, mudanças de som repentinas e bons solos de guitarra e bateria agregam valor ao conjunto.

ILLUMISHADE – World’s End (single cover)

A instrumental “Glowing Tide” fecha o álbum, nos deixando com a impressão de que tudo passou tão rápido e querendo ouvir mais. E então se encerra a experiência de ouvir o mundo de Illumishade.

 

Pontos Positivos e Negativos

Pontos negativos: Somente uma canção com um vocal gutural me pareceu pouco para trazer um ponto a mais de peso no álbum. Uma ou mais canções com trechos mais pesados fariam a diferença, ou até mesmo um coral mais sombrio para alguns trechos.

Pontos positivos: A versatilidade da voz de Fabienne é algo que faz toda a diferença. Ela mostrou que pode cantar do mais suave timbre até o mais pesado e alto tom. Os músicos fizeram um grande trabalho e também nas músicas instrumentais. Os Corais tiveram papel fundamental para trazer essa atmosfera de peso e magia ao projeto.

Nota: 9,8/10

Illumishade Infos:

Vocals/Piano: Fabienne Erni
Guitars: Jonas Wolf
Bass: Yannick Urbanczik
Drums: Marc Friedrich
Orchestration/Synthesizer: Mirjam Skal

Leia, também, nossa entrevista com Fabienne Erni, vocalista de Eluveitie e Illumishade.

Illumishade website: AQUI

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