REVIEW – Dark Horse White Horse (EP de estreia)

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Por Leandro Mello

Nós ouvimos o primeiro EP da banda com antecedência e viemos contar o que achamos das músicas.

A banda

A cantora Marcela Bovio (ex-Stream of Passion, MaYan, Ayreon), está lançando seu novo projeto musical. Dark Horse White Horse, com o EP auto intitulado estreando dia 16 de abril. O disco foi gravado no estúdio Sandlane Recording Facilities, e foi mixado por Joost van den Broek. 

O projeto conta com o vocal de Marcela Bovio, Jord Otto na guitarra (ex-Revamp, ex-VUUR, My Propane) e Ruben Wijga nos teclados (ex-Revamp, Blackbriar). Os três se uniram e juntaram forças para combinar os seus estilos e influências, a fim de criar um som único de metal progressivo e sinfônico.

Para a bateria e baixo, foram convidados respectivamente o grande e talentoso baterista da banda Epica, Ariën van Weesenbeek, e no baixo Siebe Sol Sijpkens (Sordid Pink, Destiny Potato, The Charm The Fury).

Segundo Marcela, o projeto veio da ideia de Jord, que estava escrevendo ideias para novas canções e perguntou se ela se interessava em participar. 


Image
CAPA DO EP – Fonte: Reprodução

O som e o EP

Com 5 canções, pode aparecer que é pouco, mas o projeto entrega tanto peso, energia e atitude, que posso dizer que é suficiente, mas claro que mais seria bom também. 

Tracklist:

  1. Judgement Day
  2. Black Hole
  3. The Spider
  4. Get Out
  5. Cursed

Faixa a faixa

O som é espetacular e bombástico. Riffs de guitarra pesados sem medo de ser feliz, os teclados brincam com o sons misteriosos, bateria tecnicamente bem executada, guiando as mudanças sonoras. O vocal é feroz, alto, sem medo de cantar e gritar. 

Aqui ouvimos Marcela cantar como nunca antes, sem medo de abrir o coração. De forma sensível, poderosa, abrindo a mente e coração para a voz. Soltando a garganta. Que performance. Toques eletrônicos são tocados, dando uma sensação cósmica na canção.

Na faixa de abertura, Judgment Day, o som se inicia alto e constante para o refrão. Na parte mais alta, o som agudo lírico se nota em “This is the End”. Há partes em que há mais melodia, mas não se engane, os instrumentos voltam a trazer peso ao conjunto. É para bater cabelo e balançar a cabeça. 

Em Black Hole, a abertura contínua rápida e pesada, mudando para uma passagem mais lenta quando entra os vocais. Há alternâncias entre passagens melódicas e pesadas, trazendo dinamismo e contraste. Em cada nota, é possível sentir a energia da música. Há também orquestrações ao fundo, de forma discreta, porém estão lá, agregando camadas de sinfonia.

The Spider é uma das músicas mais progressivas do disco, na minha opinião. O vocal é mais sussurrado no início. Apesar de ser uma das mais lentas, não perde o peso e continua fazendo o ritmo do disco fazer sentido. Tem um refrão mais acessível e fácil de cantar.  

O som distorcido abre a canção Get Out, nos transmitindo a ideia de confusão. Uma canção que vai aumentando o ritmo e velocidade no decorrer. O vocal aqui também impressiona, pela afinação e pela beleza da voz.

Fechando o disco, Cursed experimenta com o som pesado da guitarra mesclado com elementos eletrônicos. Não espere um vocal operístico lírico soprano predominante. Ele está presente no fundo, como voz de coral e de background, adicionando atmosfera ao som. O vocal principal fica mais pro rock e metal, com Marcela cantando de forma agressiva, dinâmica e muito segura de si. 

Dark Horse White Horse é o disco que você certamente precisa ouvir hoje. Se é fã dos últimos trabalhos de Marcela Bovio, e dos músicos que estão no projeto, tem que dar uma chance e escutar. Tenho certeza de que não irá se arrepender. 

Nos conte nos comentários o que achou do review, e depois do disco em si. 

Valeu Playfonics! 

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