Interpretação da música “Entertain You” de Within Temptation

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Entertain you de Within Tempatation sendo interpretada. Pelo olhar singular da playfonic, a música é interpretada.

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O que aconteceria se fossemos um “outdoor” numa avenida movimentada?

Como nos sentiríamos ao sermos observados por todos que ali passam? Agradaríamos? Nos odiariam? Iríamos ser ignorados? Receberíamos palmas ou pedras?

Mas, a questão principal não foi perguntada ainda… Por que eu escolheria dar as pessoas o direito de me julgarem? Ninguém é uma propaganda de entretenimento ou um momento criado para suprir as demandas das pessoas.

Não somos entretenimento para NINGUÉM! Ninguém é!

No mundo, existem tantas e tantas pessoas que não tem o direito de escolherem viver sem serem julgadas. Essas pessoas ficam a mercê daqueles que os julgam, apenas por existirem. Suas características mais comuns/básicas, como a pele, o tamanho, o gênero, a sexualidade, a nacionalidade, a cultura, a espiritualidade(ou a falta dela), o status financeiro… etc. Já colocam esses grupos em foco para serem apedrejados, sempre que as existências dos apedrejadores forem tomadas pelo vazio e ignorância.

Muitos e muitos vivem suas vidas de forma medíocre ao buscarem diminuir a existência alheia como a maior estratégia para camuflar o vazio de suas almas. Aliás, uma alma repleta de preconceito não pode ser considerada vazia, ela está mais do que preenchida de uma imensa massa de ódio que envenena seu proprietário, bem como toda a sociedade. E estamos nesse ciclo vicioso a séculos e séculos.

O ser humano, em seu maior fracasso, construiu um mundo onde uma parte dominante dita regras e segrega vidas. Eles transformam a dor alheia no seu hobby mais divertido. Inclusive, tais dores são criadas, construídas e alimentadas justamente por eles.

Maior entretenimento do ódio sempre será a lágrima do desconhecido. O hematoma alheio sempre soa agradável.

Within Temptation veio nos dizer que já chega!

entertain you cover within temptation

Para cada ser humano, um mundo de situações acontece simultâneo ao mundo de situações dos outros. Então, quais os critérios mais importantes ao definir os destino de nossos holofotes? Como é possível abrirmos mão de nosso próprio universo de possibilidades em prol do outro? em prol daquilo que as outras pessoas fazem ou deixam de fazer? E nós, nossas vidas e nossas realizações?

O tempo não para e nem nunca parou. Cada segundo perdido se vai eternamente. E, para cada instante de nossas vidas que abrimos mão, é duplicado ao focarmos no outro. Duplica-se cada minuto perdido. O outro de hoje, poderá ser nós mesmos amanhã.

Go to hell, I’m not here to entertain you

Não importa quantas vezes isso possa te satisfazer(nos satisfazer), no fim só há dor; uma batalha pode estar ganha, mas a guerra estará perdida. A vida do outro precisa ser vista com empatia, com carinho e respeito. E o mesmo devemos exigir para nós mesmos.

A canção atinge certeiramente o mais profundo da alma, ao nos fazer refletir sobre o preço do tempo. Sobre nossas atitudes perante a sociedade.

Numa era do entretenimento descartável, viral e vazio. A humanidade foi colocada no centro das atenções e a dignidade humano posta a prova e em profundo desgaste. Somos o animal que destrói a si mesmo. Ao destruir o outro, um pouco de nós se vai. Tudo está em decadência e o entretenimento jamais estará completo.

Não use o outro para te entreter e não aceite ser entretenimento de ninguém. Destrua esse ciclo agora mesmo.

Assista ao videoclipe:

Leia também: Interpretação de música e clipe: Abyss of Time – EPICA

Rullys Oliveira

Co-fundador do blog Playfonic. Ilustrador Digital, desenhista nas horas vagas, cultivador de plantinhas em vasos e amante de trabalhos manuais. E para cada atividade uma trilha sonora.

@rullysoliveira

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