Ghost House Heart – As memórias do nosso lar, agora, destruído – Análise
Do que se trata a música “Ghost house heart”da banda Delain? Bom, pode ser milhões de coisas diferentes. Então, resolvemos dar nossa versão interpretativa acerca da letra da música e seu clipe.
O título, por si só, já é bastante complexo, devido suas inúmeras possibilidades. Um coração de um fantasma? A casa é o fantasma? Assombrada?
Já sabemos que a banda usa das metáforas em sua linguagem e analisamos esse “coração” como as memórias; a “casa” é o nosso lar, nosso planeta; e o “fantasma” simboliza tudo aquilo que já destruímos.
“Por que caímos como folhas ao chão” é a indagação que escolheram para abrir a narrativa. Afinal, folhas caem, principalmente, quando estão secas e mortas. Então, como poderíamos estar caindo como folhas secas se estamos todos vivos?? Este é um detalhe importante que poderia ser um questionamento do tipo: Por que estamos deixando nosso planeta se destruir estando com o poder de salvá-lo estando em nossas mãos?!
Temos um palácio, mas somos solitários…
Começamos, portanto, a enxergar as imagens do vídeo em que a personagem principal (Charlotte Welsses) encontra-se triste e solitária, em um palácio abandonado e arruinado. Vemos, externamente, o clima instável (ventania, tempestade de neve, escuridão, neblina…). Talvez, isso represente o aquecimento global e, com as sombras se movendo, percebemos que o tempo está passando depressa enquanto tudo acontece.
Ao piano em ruínas, Martijn Westerholt tecla as melodias daquilo que parece estar em contagem regressiva. Ele demonstra ter pressa em executar aquele trabalho e desespero por não saber se será possível. Afinal, trata-se do último suspiro ao tentar resgatar a chama daquilo que parece estar se apagando.
Somos Majestade, mas não sabemos governar!
Charlotte usa uma espécie de coroa, ilustrando que somos “reis e rainhas desse castelo”. Os frutos, a natureza, o lar e, consequentemente, a vida estão sendo congelados. Destruídos. Tudo foi coberto por um deserto gélido em que nem o casaco que a protagonista usa no início do vídeo, possui mais. A proteção da vida está sendo sessada e o tempo ficando escasso.
As memórias do nosso lar, agora, destruído.
A letra da canção diz, em sua terceira, quarta e quinta estrofe, que o ser humano foi ganancioso ao pedir por mais e mais e sempre explorando tudo o que a natureza pudesse oferecer. Nesse momento, a letra diz que sabíamos das consequências, mas mantivemos o percurso e continuamos degradando cada vez mais. Eis que, no coração da casa fantasma, ou seja, nas memórias do nosso lar destruído, existe o fator x que nos faz seguir adiante: a busca por recuperar e reconstituir o mundo que já esteve em nossas mãos é, agora, a sombra que as pessoas buscam para se esperançar.
Nas últimas partes da letra é dado o veredito: Esse não é o fim! Teremos que pagar o preço alto por nossa insensatez e que milhões de coisas sequer foram-nos cobradas, mas a cruz foi derrubada e a teremos que carregar. As “milhões de coisas para ver”(ditas na música) são as possibilidades que o planeta tem de se reerguer. Porém, isso deveria ser mantido sempre protegido, pois não deveríamos enxergar nada que pudéssemos destruir, novamente.
O mundo precisa ser salvo.
Nosso Lar está em apuros e Delain veio nos alertar. Essa súplica precisa ser ouvida e toda nossa energia deve ser direcionada a reestruturação do bem comum e da não degradação do meio ambiente. O mundo precisa ser salvo o quanto antes. Salvo de nós mesmos.
O novo álbum da banda, “Apocalypse & Chill”, será lançado em 7 de fevereiro de 2020. Acompanhe a banda em suas redes sociais e não percam esse grande lançamento.
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Música linda e cheia de verdades das quais precisamos mudar nosso conceito de pensar e principalmente agir. Na grande maioria, não pensam que teremos de colher os frutos de nossas escolhas .
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