Marina La Torraca revela detalhes da carreira e do novo álbum de Phantom Elite.

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Entrevista com Marina La Torraca, vocalista da banda Phantom Elite.

Marina La Torraca é uma artista multifacetada que passeia por inúmeras áreas(ela é arquiteta, designer gráfico, atriz, cantora, escreve músicas, etc…). E, majestosamente, consegue ser incrível em tudo que se propõe a fazer.

Nós a conhecemos pela música. Sua voz poderosa, afinada e cheia de emoção nos encanta a cada canção e a faz ser uma de nossas favoritas. Simpatia é outro adjetivo que, facilmente, podemos atribuir a Marina. Ela se mostrou uma pessoa espontânea e divertida.

Nós estamos encantados e os detalhes dessa entrevista, onde ela conta sobre sua carreira, o primeiro álbum de Phantom Elite, Exit Eden, Avantasia, seus projetos futuros… entre outros, vocês poderão conferir a seguir:

Playfonic: Você é de qual região do Brasil? Onde mora atualmente? Você trabalha cantando a atuando? Faz quanto tempo que saiu do país? Conte-nos um pouco de sua trajetória até aqui. Estamos curiosos 😊

Marina: Eu também sou de São Paulo! Nascida e crescida. Moro atualmente na Alemanha, há quase 10 anos.
Comecei cantando heavy metal (direto já, haha) com 15 anos. Toquei com algumas bandas nos bares bacanas de Rock e Metal de São Paulo (falecidos Black Jack, Blackmore, etc.) por muitos anos, inclusive com o meu Evanescence Cover (Crimson Regret), que era razoavelmente popular na cena local. Muitos anos após vim parar aqui na Alemanha meio que por acaso. Acabei completando aqui meus estudos em Arquitetura (sim, nada a ver). Como nunca consegui parar de cantar, comecei a fazer a mesma trajetória de carreira por aqui com a (também falecida) banda Highlight Kenosis. A partir daí veio Phantom Elite, Avantasia, Exit Eden, e vem mais!

Playfonic: Qual a mensagem do álbum Wasteland, de Phantom Elite?

Marina: Wasteland não é um ábum conceitual, mas sim uma celebração ao processo de se criar música em um grupo e toda a mágica que acontece a partir daí, sem preocupar-se em seguir uma formula ou agradar um público específico. Esse nosso primeiro álbum é uma combinação das espontâneas faíscas de criação surgidas dessa química, sem medo de experimentar. Então acho que essa acaba por ser (uma bela) mensagem, haha.

Em Wasteland as músicas possuem vocais poderosos, afinados e complexos. Gostosos de ouvir. Som viciante que nos impede de pular qualquer faixa. Mas gostaríamos de saber qual sua canção favorita desse álbum e qual música foi mais difícil de ser gravada/produzida?
Muito obrigada! Eu pessoalmente gosto muito de “Lockdown” e “Wasteland”. Sou fã de música “grudenta” e tenho muito orgulho do refrão de “Wasteland”, hahaha. E acho que a faixa “Rise With the Dawn” nos deu mais trabalho para ser concluída. É uma daquelas músicas complexas em termos de estilo e demorou bastante para acertarmos a estrutura e arranjos.

Playfonic: Dunas de areia queimada ao sol. O vermelho sangue protagoniza a infertilidade de uma terra improdutiva. Quais são as representações e conceito da arte da capa de Wasteland?

Marina: Muito bem descrito! Mais uma vez, para esse álbum, o conceito ou mensagem da arte vem da própria arte. A proposta gráfica de uma terra-de-ninguém pós-apocaliptica com um toque sci-fi vintage é algo que vem bastante do meu próprio gosto e repertório em design visual. E que ao mesmo tempo serve muito bem de universo para a música no álbum,  já que esta é mais moderna, pesada e longe do universo de fantasia geralmente representado por bandas mais sinfônicas.

Playfonic: Você faz parte do projeto musical Exit Eden, o qual faz covers de músicas populares. Como é trabalhar com outras talentosas cantoras e como você encara o desafio de transformar uma música pop em um som mais metal e rock sem perder a essência da música original?

Marina: Trabalhar com gente talentosa é sempre bom demais! Tenho muito que agradecer por constantemente estar nessa situação, haha. Em termos de trabalho de harmonias e diferentes vozes, é muito legal. O resultado é maravilhoso.

Em relação aos fantásticos arranjos do Rhapsodies in Black, temos que agradecer primeiramente aos nossos produtores. Quando nós, cantoras, fomos agregadas ao projeto, os arranjos já estavam praticamente prontos para a maioria das músicas.

Playfonic: A música pode ser usada para divertir, alegrar, contemplar e ser um instrumento de estudo e ato de revolução política e social. Como você encara o papel da música no âmbito social?

Marina: Não poderia concordar mais com você. A música, como qualquer forma de arte, sempre teve um importantíssimo papel e grande influência na política e sociedade. Não acho que engajamento musical por si só substitua de fato um engajamento político e social (principalmente hoje em dia, com uma demanda maior que nunca por uma conscientização global) mas quando combinados, o resultado é muito poderoso.

Além do mais, acredito que no âmbito individual o poder da música é insubstituível.  Eu não canso de repetir que, assim como muitos outros “headbangers”, “me achei” no metal. Descobri um modo de liberar e compartilhar essa energia (que muitos considerariam agressiva) com uma comunidade super conectada e empática.

Playfonic: A mistura de gêneros musicais com colaborações de artistas dos mais variados estilos tem se tornado algo cada vez mais comum. Hoje não temos muito as chamadas tribos tão definidas. O que você pensa a respeito disso?

Marina: Acho ótimo, haha. Por exemplo Post Malone com Ozzy Osborne? Ou Exit Eden tocando música pop no Wacken? Como eu disse na pergunta anterior, acho o sentido de comunidade muito válido. E uma comunidade pra mim tem tudo a ver com tolerância e integração.

Playfonic: Phantom Elite está em turnê?  Quando podemos esperar um show no brasil? (estaremos na primeira fila)

Marina: O Phantom Elite não está em turnê no momento. Estamos trabalhando no nosso novo álbum e estou orgulhosíssima em anunciar (em primeira mão!) que este será lançado em 2020 pela Frontiers Records! Esperamos poder ir para o Brasil assim que possível, mas ainda não tenho nada concreto.

Playfonic: Ter cantado ao vivo com Avantasia deve ter sido uma linda e grande experiência. Nos conte um pouco sobre.

Marina: Fantástica experiência. Ainda tenho que me beliscar, haha. Cantar no palco com tantos dos meus ídolos de adolescência de uma vez (e substituindo a rainha Amanda Somerville, que eu amo como profissional e como pessoa) é algo pelo qual serei eternmente grata. Eu não tive nenhum ensaio e aprendi o set todo em 2 semanas, hahaha. Então eu estava SUPER nervosa no primeiro show, mas os rapazes foram, sem exceção, completamente receptivos e uns amores mesmo. Além de super profissionais, claro.

Playfonic: Quem assina as canções e produção do álbum Wasteland?

Marina: O álbum foi escrito por todos os membros do line-up antigo, sem excessão (e também pelo nosso talentoso amigo, o tecladista Koen Stam, Ex-Libris). Boa parte desses créditos vão para Sander Gommans e Erik van Ittersum (Kingfisher Sky e Ayreon live). Todas as letras e melodias de voz foram feitas por mim, arranjos vocais por mim e Sander Gommans. A produção foi basicamente feita por Sander Gommans (também conosco), e a mixagem por Daan Janzig.

Playfonic: Vocês divulgaram nas redes sociais que músicas para um novo álbum estão chegando. Você pode nos adiantar alguma novidade sobre os novos projetos de Phantom Elite?

Marina: Acho que eu acabei respondendo essa pergunta ali em cima, haha. Mas SIM, nosso novo álbum está chegando e eu já posso adiantar: se você gosta das melodias épicas e do PESO presentes em Wasteland, prepare-se para o “tiro” que vem aí…! Aaaah, eu não me ageunto, haha! Já estou MUITO orgulhosa desse release, que foi feito com muito, mais muito, mas muito suor e “passion”. Com certeza isso reflete na musicalidade e em todo espectro de emoções verdadeiras que o álbum transmite.
Muito obrigada pela ótima entrevista, e até a próxima!

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