Contrabaixo no Heavy Metal – Protagonista ou coadjuvante? por Rodrigo Morales

Fala, galera! Tudo bem? Aqui é o Rodrigo Morales e hoje estou estreando a coluna “Contrabaixo no Heavy Metal” com uma pergunta um tanto intrigante: O baixo é um protagonista ou um coadjuvante no Metal?

Para uns, coadjuvante, comparado aos vocalistas e guitarristas; para outros, protagonista por ser a conexão entre a(s) guitarra(s) e a bateria. Para mim, o contrabaixo no heavy metal não é nem coadjuvante, nem protagonista.

Basicamente, o baixo possui a função de conectar a percussividade da bateria com as harmonias da(s) guitarra (s) de forma que preencha o campo harmônico tanto com sua frequência grave, quanto com sua capacidade de dar tonalidade à percussão, uma vez que está intrinsecamente ligada ao bumbo da bateria.

No Heavy Metal, eu costumo denominar o baixo como o “coringa”. É possível tornar coadjuvante e protagonista sem, necessariamente, defini-lo uma das opções, somente. Tenho como exemplo o baixista DAVID ELLEFSON, da banda norte-americana de thrash metal, MEGADETH, que embora possua por vezes linhas complexas, tem o baixo como coadjuvante na maioria da harmonia. Em contraponto, baixistas como FELIPE ANDREOLI (ANGRA) e MARCO PANICHI (HIBRIA) utilizam o baixo como “coringa”: permeiam entre ser protagonistas em solos e técnicas complexas, como Tapping, Two Hands e 3 Dedos, e ser coadjuvantes na harmonia, dando espaço aos solos de guitarras e linhas vocais.

Ou seja, coadjuvante ou protagonista? A minha resposta é DEPENDE! O papel do contrabaixo no Heavy Metal, felizmente, abre possibilidades para ser um ou outro e até mesmo os dois juntos! Cabe ao músico decidir a sua escolha.

Se inscrevam no canal do Rodrigo Morales no youtube, onde ele sempre posta vídeos tocando o baixo de várias músicas. Abaixo você pode conferir uma do Angra:

https://www.youtube.com/watch?v=-aBHwqf4B4s