Clara Schumann tem sido frequentemente referida erroneamente como a esposa do compositor Robert Schumann, e como uma das principais pianistas de sua época, ao invés de uma compositora por seus próprios méritos.

A partir do último quarto do século XX, entretanto, seu status como compositora finalmente foi reconhecido. A sua produção é relativamente pequena. Mesmo assim, ela escreveu composições significativas tanto no campo do teclado quanto no vocal. Se ela pudesse dedicar mais tempo à composição – ela se ocupava com questões maternas a maior parte do tempo, tendo dado à luz oito filhos – ela poderia muito bem ter ascendido às alturas artísticas de seu marido. Alguns de seus trabalhos posteriores – os Seis Lieder, op. 23, por exemplo – demonstra considerável sutileza e profundidade.

Infância e pré adolescência

Clara Wieck nasceu em 13 de setembro de 1819, em Leipzig (Alemanha). Ela começou a estudar piano com seu pai dominador e difícil, de quem sua mãe, uma cantora talentosa, mais tarde se divorciou. O Sr. Wieck era um professor de piano de grande reputação. Clara deu seu show de estreia em Leipzig aos sete anos de idade tocando o dueto “Variations on a March from Moses” com ele.

Em 1830, Robert Schumann começou a estudar com Wieck, época em que conheceu Clara. Aos doze, Clara viajou pela Europa com seu pai, obtendo grande sucesso em Paris e por toda a Alemanha. Em 1837, ela foi reconhecida como uma das principais virtuosas da Europa, e sua carreira como compositora também estava florescendo. Suas primeiras composições datam de 1830, mas seus musicais de 1836, Op. 6, já mostra sofisticação considerável. Em 1837, ela e Schumann ficaram noivos, com objeções barulhentas de seu pai.

Ruptura com o pai, casamento e carreira

Clara parece ter rompido com a influência de seu pai quando ela viajou sozinha por Paris em 1839. A ruptura foi completa no ano seguinte, quando ela se casou com Robert Schumann. Eles teriam oito filhos, e Clara iria lentamente assistir seu marido sensível perder a sanidade. O casal morou inicialmente em Leipzig, onde ambos lecionaram na Universidade.

Clara não escreveu muito nos primeiros anos de seu casamento, embora tenha concluído as Seis Lieder, op. 13 (1842-1843), e algumas peças para piano, incluindo os Três Prelúdios e Fuga (1845). Em 1853, os Schumann mudaram-se para Düsseldorf, e Clara teve um verão muito produtivo, produzindo várias obras significativas, incluindo seu Op. 20 Variações sobre um tema de Robert Schumann e a já mencionada Op. 23. Em 1854, Robert sofreu um colapso mental e tentou suicídio, após isso foi internado em um asilo onde viveu pelo resto de sua vida. Ele faleceu em 1856.

Johannes Brahms, que conhecera os Schumanns em 1853 através do virtuoso violinista Joseph Joachim, tornou-se uma figura cada vez mais importante na vida de Clara. Até hoje, sua relação exata não é clara, mas é difícil refutar as afirmações de que eles tiveram um caso. Brahms era 14 anos mais novo que Clara e possivelmente sentia que a diferença de idade era um obstáculo grande demais para o casamento.

Trajetórias finais da artista

Clara compôs pouco nos anos que se seguiram à morte de Robert, mesmo depois que seus filhos cresceram. Viveu em Berlim de 1857 a 1863, altura em que mudou-se para Baden-Baden. Após um breve retorno a Berlim em 1873, ela assumiu um cargo de professora no Conservatório Hoch de Frankfurt (1878). Ela continuou a concertar até 1891. Ela morreu de derrame em 20 de maio de 1896.

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Fonte: Bio da artista no Spotify

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